Consequências neurológicas da ataxia cerebelar
A ataxia cerebelar é caracterizada pela incapacidade ou dificuldade de manter a coordenação motora.
Esse sintoma é comum em diversos quadros neurológicos e traz várias consequências para a saúde do paciente a curto e longo prazo.
O problema é hereditário, a ataxia cerebelar não pode ser curada. Em outros casos, pode-se utilizar uma variedade de medicamentos para prevenir os sintomas ou reduzir a sua frequência e intensidade.
Continue lendo para saber mais e tire suas dúvidas sobre o tema.
A ataxia cerebelar
Para entender exatamente o que é ataxia cerebelar, é importante dominar como o cérebro funciona, mais especificamente o cerebelo.
Essa parte do órgão tem um papel fundamental no controle da coordenação dos movimentos voluntários e oculares, assim como na manutenção do equilíbrio.
A ataxia é uma consequência de um dano ou degeneração do cerebelo, que causa a perda da coordenação e do equilíbrio. Os pacientes também podem relatar:
movimentos involuntários,
tremores,
falta de força muscular,
tropeços e quedas,
comprometimento da fala,
tonturas,
dificuldades para realizar tarefas que exigem coordenação motora fina.
Esse problema pode ser desencadeado por diversos fatores, como mutações genéticas, traumas, AVC, deficiência de vitaminas, tumores, doenças autoimunes, intoxicação por medicamentos e infecções associadas à meningoencefalite, podendo ocorrer de forma aguda, adquirida ou hereditária.
Consequências neurológicas da ataxia cerebelar e formas de tratamento
Confira as principais consequências neurológicas da ataxia cerebelar.
Alterações na coordenação motora e equilíbrio
As alterações na coordenação motora e equilíbrio são comuns na ataxia cerebelar.
O seu tratamento deve envolver um fisioterapeuta especializado para fortalecer os músculos, aumentar o controle dos movimentos e restabelecer o equilíbrio.
É importante reforçar que esse tratamento é de longo prazo, onde as melhoras são pequenas e contínuas.
Dificuldades de fala e deglutição
A ataxia cerebelar também pode levar a fala arrastada e problemas de deglutição.
Em ambos os casos deve-se contar com auxílio de um fonoaudiólogo que indicará exercícios, ajustes de postura e técnicas de respiração para tornar a voz mais clara.
Já para disfagia, o profissional utiliza exercícios estratégicos para fortalecer os músculos e nervos usados na deglutição. Neste momento, é importante ter o acompanhamento de um nutricionista, que indicará os alimentos mais fáceis de engolir durante a recuperação.
Em alguns casos, para evitar o emagrecimento e a perda de massa muscular, a nutrição enteral é necessária.
Perda de controle muscular e dificuldades na marcha
Quando a ataxia cerebelar é acompanhada de espasmos musculares, rigidez ou cãibras, recomenda-se o uso de relaxantes musculares. Caso estes não sejam eficazes, pode-se realizar a aplicação de toxina botulínica para bloquear os sinais do cérebro para os músculos afetados.
A dificuldade na marcha, por sua vez, também deve ser tratada com o auxílio da fisioterapia, assim como de equipamentos especiais, como bengalas ou andadores.
Vale ressaltar que o paciente pode ficar extremamente cansado com todos os esforços para lidar com a perna de coordenação. Mesmo com muita fadiga, é importante continuar a fisioterapia para aumentar os níveis de resistência.
Todas essas abordagens devem ocorrer de forma simultânea ao tratamento da doença causadora, se houver. Em casos de esclerose múltipla, por exemplo, a pulsoterapia com corticoides em altas doses reduz os sintomas e evita a piora do quadro.
Se interessou pelo tema e quer saber mais? Continue no nosso blog e leia: O desafiador mundo das doenças raras: do diagnóstico ao tratamento.